quinta-feira, 30 de julho de 2015

Sobre gente gorda

Olá,

 Hoje o assunto é bem chato. É que certas coisas eu sinceramente não creio que precisem ser ditas aqui em 2015. Mas vou fazer de conta que estamos em 1960 e dizer algumas palavras. Não, este não é um texto sobre obesidade, é um texto sobre pessoas gordas.
 Antes de alguém vir dizer que não tenho moral para falar sobre ser gordo, vou lhes dizer que convivi com a obesidade minha infância toda: minha mãe já foi obesa, e hoje ela está saindo dessa. E não foi graças a propagandas de "ame seu corpo como ele é", não. Minha mãe está deixando a obesidade após ver o quão desonesta estava sendo consigo mesma, por não dar ao seu corpo tudo que ele necessita, e jogar anos prolongados de vida que não poderão ser recuperados fora. Ela não se conforma em ter uma doença, e é isso que a fez vencê-la e ser uma pessoa mais confiante.
Então vamos deixar os vídeos e músicas de lado e lembrar do bom senso.

fonte
 Primeiramente, se você defende o fato de ser gordo dizendo "Deus me fez assim", apenas pare. Deus não te criou para ter 1,60 e 80 quilos. Não criou você para se entupir de fast food. Se Deus criou as pessoas, tenho certeza que foi para que elas fossem saudáveis. "Ah, mas eu sou gordo e saudável". Ótimo. Aceito este argumento, mas apenas se você tiver mais de 40 anos. Se você aí de 15 a 20 anos estiver pensando nisso, sinto muito, especialmente pela sua diabetes e seu futuro AVC.
 O que eu preciso que vocês entendam é que obesidade é uma doença. Agora a moda é dizer que é lindo ser gordo. O lado bom é que a pressão para ter o corpo perfeito diminuiu. O lado péssimo? Estão te ensinando a ser gordo. A não comer tudo que deveria para ser saudável. A ser sedentário. A ser conformado. Ser gordo não é bonito, e dizer o contrário não vai trazer benefícios para você. E digo mais, contemplar sua "gordice" é só mais um ato da vaidade. Você, assim como a modelo anoréxica, está colocando a estética acima da sua saúde. E o melhor é que vão vir falar mal da modelo depois. Veja bem, não estou vendo muitas diferenças entre você e a modelo.
 E, para que vocês entendam de uma vez, ter barriga e gordura não é ser gordo! Parece que vocês esqueceram o que é IMC. Calcule seu Índice de Massa Corporal e verifique se você está nos padrões da sua altura e idade. Mesmo se você tiver algumas gordurinhas a mais, pode ser que você nem seja gordo. Muito menos obeso. Só quer dizer que você passa tempo demais fazendo coisa de menos. Então, por favor, calcule seu IMC aí no Google, só leva cinco minutos. E, depois de ver que você é normal (o que vai acontecer com 90% de vocês), para com esta estupidez, este absurdo de defender a obesidade. Deixe de ser esta modelo anoréxica e coloque sua saúde acima da estética.
Faça isso e então, e só então, estará sendo honesta consigo mesmo, e sua alto estima será de uma pessoa bem resolvida consigo mesma. Usar uma desculpa de uma propaganda para explicar sua incompetência de levantar da cadeira e deixar o sedentarismo não vai fazer de você alguém mais bonito, seguro de si ou atraente. Isso só vai te transformar no que muitas meninas adolescentes hoje são: um bando de choronas inseguras que usam a mídia como escudo contra sua incompetência de levantar do sofá e fazer uma caminhada.
 Espero que eu tenha feito vocês entenderem. Caso concordem comigo, compartilhem este post. Caso contrário, façam uma crítica nos comentários. Mas antes de postá-la, coma uma folha de alface a cada vogal e faça uma flexão a cada consoante. Vai agregar mais a tua vida do que clicar em "enviar". ;)

By: Bia

terça-feira, 21 de julho de 2015

12 Dicas para fazer uma mudança no cabelo.

Olá,
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 Como prometido, vamos começar a bombardear isto aqui com cuidados de saúde do cabelo novamente, pois eu estou me preparando para uma super mudança! Vou ter que clarear meu cabelo ao máximo com descolorante e, para isso acontecer de uma forma segura, a preparação deve começar meses antes! Então vim dar algumas dicas para qualquer processo de mudança nos fios, dizendo o que fazer antes, os cuidados do durante, e depois.

 Antes

 Decidindo o que fazer: Tenha a plena certeza de que você quer mudar para o que escolheu. Pense nisso o tempo todo, faça montagens, etc. Um exemplo simples: quer mudar de cor? Mude seu wallpaper do celular ou PC para um cabelo da cor desejada, e se em um mês você não enjoar, vá em frente!

 Consulte os preços: antes de tentar fazer alguma loucura em casa, consulte vários salões, produtos e mais. Se você souber fazer e os produtos ficarem mais baratos do que uma ida ao salão, beleza; se não, procure um bom pacote e um especialista. Lembre-se que o que sai barato hoje pode sair caro amanhã. ;)

 Vá atrás de informação: Use sua internet para algo mais útil que o Facebook e vá aprender sobre o seu cabelo, sobre os melhores produtos, receitas caseiras e caso vá ao salão, procure saber tudo que está sendo usado na sua cabeça. Não tenha vergonha de questionar, o cabelo é seu e o dinheiro também!

 Saúde em primeiro lugar: Na preparação para uma mudança, esqueça a estética. Deixe sua cor desbotar, sua raiz crescer, sua progressiva ir embora. Estas coisas podemos disfarçar  facilmente. Priorize a saúde, do seu cabelo e de todo o corpo junto! Aposto que se você passar a comer umas frutinhas e uns litros d'água a mais, seu cabelo vai melhorar mais do que com qualquer produto profissional.

 Durante

 Questione: Eu já disse para vocês procurarem saber os produtos usados em vocês, e vou reforçar isto. Se for de sua preferência e o salão deixar, leve seus próprios produtos! Um descolorante que você já tenha testado (falei sobre o teste de mecha aqui), por exemplo. E se for tingir, leve sua tinta, sempre!

 Especule: Peça dicas e informações sobre o processo que está acontecendo, como tratar, o que não fazer, saiba sobre tratamentos realmente efetivos e o porquê. Não adianta um cabeleireiro te encher a cabeça para "fazer botox" e você nem saber o que vai acontecer! Se você pedir explicações e ele as fornecer detalhadamente, você já terá a certeza que ele sabe o que está fazendo. Agora, se ele vier com o papo de "ah, hidrata e da brilho", sempre vende umas ampolas nos mercados...

Sem sujeira: se for fazer por conta própria, se organize e evite fazer bagunça, para não se desesperar e acabar errando o processo. No salão, exija higiene e praticidade.

Sem pressa: Jamais acelere o cabeleireiro. Tome um dia só para ir ao salão. Em casa,  faça tudo antes de por a mão na massa, e fique tranquila(o) para fazer direito. "A pressa é inimiga da perfeição".

 Depois

 Tratamentos: as vezes vale - e muito - a pena fechar alguns pacotes em salões de beleza para reparar os danos. Porque, sim, feito em casa ou não, os danos estarão lá, e precisarão ser tratados da mesma forma. Nesta hora a comparação de preços será importante, hein! E nunca esqueça de continuar tratando em casa. Aqui no blog já tem muitas dicas - e haverão muitas mais - de como se virar sozinha(o) com produtos e receitas de qualidade.

Saúde em primeiríssimo lugar: você já pode ligar mais para a estética, mas nunca esqueça que um cabelo sem saúde sempre será um cabelo feio. Preste atenção a alimentação e a sua higiene.

dip dye hair - fonte
De um tempo a si mesma: Pronto, levou meses para mudar, você já não aguentava mais. Agora está tudo certo e você já tem planos para a próxima! É hora de se preparar de novo? NÃO! Não e não. Dê um tempo para os seus fios voltarem o mais próximo possível ao que eram antes, seu cabelo crescer mais forte e resistente. Se você usou descolorante, especialmente, tire umas férias do salão. Este produto só deve ser usado uma vez por ano, a não ser que você queira um cabelo sempre "meia boca".
"Ah Bia, mas e a minha raiz?" Duas opções: salão de beleza  ou dip dye! Jamais faça a raiz em casa sozinha(o). Se o descolorante pegar na parte já destruída, você acabará com cabelo de joãozinho. E é para isso que existe o estilo dip dye, que são as mechas caídas pelo comprimento. Dá uma olhada no Google e você vai ver que vale muito a pena esperar!

Cortes: Você decide se o seu cabelo precisará ser cortado logo após o processo de mudança ou não. O ideal é você cortar a cada seis ou nove meses, principalmente cabelos descoloridos. Não corte mais que isto, seu cabelo não vai crescer mais devido aos cortes.

Bom, espero que tenha ajudado, e logo menos virão mais resenhas, receitas e dicas sobre este assunto aqui. Já pode dar uma olhada nos outros posts que já temos e me seguir pelas redes a fora para saber quando vai ter mais. ;)

By: Bia

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Um papo sobre racismo - COR, EDUCAÇÃO E RÓTULOS.

Olá,
history.viajeblog.com.br

 Eu estou de volta e queria começar comentando uma coisinha que eu vi a pouco em uma rede social. Já aviso que o texto pode ficar longo, e peço para que vocês o leiam atentamente antes de vir deixar críticas\comentários, beleza?
Trata-se de um vídeo, cujo participantes eu desconheço,  que tratava a seguinte situação: um pai (ou algo do gênero, pois chamava o garoto de filho) negro perguntando a uma um garoto, branco, "que cor ele era". O menininho responde logo "preto". Em seguida o pai fala sobre ser referencia, exemplo para os seus seguidores, seguir o caminho de Deus e tudo o mais...
 Primeiramente, eu deixo claro que posso ter interpretado mal o vídeo, e desconheço o homem e o que quis dizer com tudo isso, mas isto me fez querer ressaltar uma situação presente na minha vida e eis o que eu captei da situação: um homem achando lindo e maravilhoso ensinar ao seu filho, branco, a acreditar ser negro e bater no peito por isso. Pode não ter sido isso, como eu já disse, mas me fez questionar quantas crianças neste mundo, especialmente no nosso país, que passam por esta situação: uma menina branca que diz ser negra por influencia dos pais, ou o garoto negro que jura ser branco por causa da mãe... E também me lembrou um pouco o que passei para "definir" a minha etnia.
www.taringa.net
 Para vocês saberem, minha família paterna descende de africanos, portugueses e indígenas, e a família materna descende de portugueses, franceses e no meio dessas tem até um pingo da Ásia. Quando cheguei a uma certa idade começaram a me perguntar o porquê de eu ter um corpo de mulher negra e ser branca, ou qual "parte da família" eu considerava mais. E eu, que começava a aprender sobre preconceitos, jurava ser negra para não pagar de racista. Então depois eu mudei e assumi ser branca de vez. Mas ficava faltando um pedaço.
 Então no meu sétimo ano escolar realizei um trabalho sobre minha árvore genealógica e descobri este montão de família que descrevi lá em cima. Daí que eu fiquei perdidinha, imagine só!
 Mas depois de muito pensar, delicadamente, eu parei de me perguntar qual a etnia a qual eu pertencia, mas sim o motivo de isso importar tanto. Quero dizer, eu não vou me "resumir" a uma coisa só. Não quero me trancar num potinho escrito "negra" ou "branca". Foi então que eu aprendi, pelos padrões que qualquer um fez sobre etnias que eu aprendi na escola, que eu sou mulata. Branca, negra e até indígena. Nessa altura do campeonato eu já nem ligava mais. É apenas mais um rótulo entre muitos, que só vai servir para uma pesquisa populacional de tempos em tempos. Eu tenho tanto orgulho dos meus ancestrais portugueses da Ilha da Madeira quanto da tribos de africanos, ou dos asiáticos que fugiram da perseguição católica para a Ilha da Madeira.
 As questões que tenho para vocês são: não seria racismo você fazer uma criança acreditar em algo que não é?; Não seria mais "viável" ensinar aos seus filhos como se assumir pela sua cor, E respeitar o restante da sua família?; Até quando ficaremos neste 8 ou 80, de ou você é racista ou você ergue a bandeira da mãe África e se diz negro?
 Eu peço: ensinem suas crianças a honrar cada pedacinho delas, cada família presente no seu "sangue", pois é isso que conta. Isso não vai criar pessoas preconceituosas, muito pelo contrário:  estas crianças vão ver que, se elas tem um pouquinho de cada canto do mundo, se elas SÃO todos estes povos juntos, não há por quê rejeitar alguém. Se eu sou negro, posso desconhecer o que é ser branco, e ter receio deles. Mas se eu sou negro, branco, norte americano, australiano... Eu não rejeitarei a ninguém. No final, somos todos irmãos, e não é isso que as religiões por aí ensinam afinal, não é?
Minha cor é branca, mas eu também sou negra, logo, desrespeitar um negro é desrespeitar a mim mesma e a minha família, assim também para com os índios, europeus, asiáticos...
 E ainda acrescento: ser negro (ou dizer ser negro) não vai te tornar uma pessoa melhor ou mais merecedora de nada. Ser branco não vai te transformar em uma pessoa ruim e moralista. Ser indígena não quer dizer ser um "selvagem" sem conhecimento e ser europeu não te faz superior. A sua cor pouco vai dizer sobre você. Não se deixe resumir por uma palavra.
 
 Eu espero que tenham entendido minha mensagem. Em caso de dúvidas mando o link do tal vídeo para vocês, só comentar aí em baixo.
 É claro, você também pode me achar pelas redes sociais, e curtir a página no Facebook caso tenha algo para esclarecer. :)